O Vale dos Duendes

Lá no coração da Floresta Encantada, onde as árvores sussurram segredos ao vento e os riachos cantam canções de ninar, existe um lugar mágico chamado Vale dos Duendes. Ninguém sabe exatamente como chegar lá, pois o caminho só se revela para aqueles que acreditam na magia e têm um coração puro.

Nina, uma menina curiosa de cabelos cacheados e olhos brilhantes, sempre ouvira histórias sobre esse lugar. Sua avó contava que os duendes cuidavam da natureza e protegiam os animais da floresta. Fascinada, Nina decidiu que um dia encontraria o vale.

Certa manhã, ela encheu sua mochila com biscoitos, um cantil de água e um caderno de anotações. Com seu fiel cachorro Pipoca, partiu em sua jornada. Seguiu uma trilha de pedras brilhantes, que pareciam iluminadas pelo próprio sol. O vento suave parecia guiá-la, e os pássaros entoavam melodias alegres.

Depois de algumas horas caminhando, Nina avistou uma ponte de madeira sobre um riacho cristalino. Do outro lado, um enorme carvalho se erguia majestosamente. Quando ela se aproximou, percebeu um pequeno brilho dourado piscando entre as raízes. Curiosa, ajoelhou-se e encontrou uma portinha minúscula.

— Olá? Tem alguém aí? — perguntou com voz doce.

A portinha rangeu e se abriu lentamente. De dentro dela saiu um ser pequenino, com orelhas pontudas e olhos cintilantes. Era um duende!

— Olá, humana! Meu nome é Filo. Você encontrou o caminho para o Vale dos Duendes! — disse ele, sorrindo.

Nina mal podia acreditar! Filo a convidou para entrar, e ao passar pela portinha, algo mágico aconteceu: ela encolheu até ficar do tamanho do duende! Pipoca também diminuiu, e os dois atravessaram para o outro lado.

O Vale dos Duendes era ainda mais maravilhoso do que Nina imaginava. Pequenas casinhas de cogumelos enfeitavam o chão, enquanto duendes corriam de um lado para o outro, cuidando das flores e conversando com os animais. Havia lanternas luminosas penduradas em galhos, e o cheiro de mel e frutas pairava no ar.

Filo apresentou Nina ao Conselho dos Duendes, que lhe explicou que a floresta estava em perigo. As árvores mais antigas estavam adoecendo, e os duendes não sabiam como salvá-las.

— Precisamos de alguém com o coração puro para ajudar — disse uma duende anciã.

Nina pensou por um momento e então se lembrou das histórias de sua avó. Ela pegou seu caderno e desenhou uma flor especial que sua avó sempre mencionava: a Flor do Sol, que tinha o poder de curar plantas doentes.

— Se encontrarmos essa flor, talvez possamos salvar as árvores! — disse ela animada.

Os duendes se encheram de esperança. Juntos, Nina, Pipoca e Filo partiram em busca da Flor do Sol. Seguiram pelo vale, subiram colinas e atravessaram riachos até chegarem a uma clareira dourada. No centro, uma única flor brilhava como o sol.

Com muito cuidado, Nina colheu a flor e a levou de volta ao vale. Os duendes prepararam um elixir mágico e despejaram algumas gotas na raiz das árvores doentes. Pouco a pouco, as folhas recuperaram seu verde vibrante, e a floresta voltou a ficar saudável.

— Você salvou nossa casa, Nina! — disse Filo com gratidão.

Em agradecimento, o Conselho dos Duendes presenteou Nina com uma pequena pedra brilhante.

— Sempre que precisar de ajuda, segure essa pedra e pense em nós — disse a duende anciã.

Nina sorriu e, com um piscar de olhos, estava de volta ao outro lado da portinha, em seu tamanho normal. Pipoca abanava o rabo feliz.

Ela olhou ao redor, mas o vale havia desaparecido. No entanto, a pedra brilhava em sua mão, provando que tudo havia sido real.

Nina voltou para casa com uma nova história para contar, sabendo que a magia do Vale dos Duendes sempre viveria dentro de seu coração.

FIM!

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