Satsuki e Mei eram duas irmãs que se mudaram com seu pai, Tatsuo Kusakabe, para uma casa antiga no interior do Japão. Elas estavam animadas com a nova casa, mesmo com os pequenos fantasmas de fuligem que pareciam morar ali.
“Olha, Satsuki! Eles estão se mexendo!” exclamou Mei, apontando para os pontinhos pretos que se espalhavam.
“Acho que são duendes de fuligem,” respondeu Satsuki.
Seu pai sorriu e explicou: “Se vocês não tiverem medo e rirem bastante, eles vão embora para outra casa.”
As irmãs exploravam tudo com entusiasmo, especialmente Mei, que um dia seguiu pequenas criaturas pelo quintal e acabou tropeçando sobre um ser gigante, fofo e peludo.
“Quem é você?” perguntou Mei, tocando a barriga macia do ser.
“To-to-ro…” ele resmungou com uma voz grave e profunda.
Empolgada, Mei correu para contar a novidade para Satsuki e o pai, mas quando voltaram à clareira, Totoro havia desaparecido. Embora Satsuki não tivesse visto o Totoro, ela acreditava na irmã.
Certa noite, Satsuki e Mei esperavam o ônibus do pai debaixo da chuva. Mei estava cansada e dormia nas costas da irmã quando Satsuki percebeu uma enorme figura ao seu lado. Totoro também esperava, segurando uma pequena folha sobre a cabeça como se fosse um guarda-chuva.
“Aqui! Use isto!” Satsuki disse, oferecendo a ele um guarda-chuva.
Totoro pegou o guarda-chuva, espantado com o barulho das gotas de chuva batendo no tecido. Ele sorriu e, como agradecimento, entregou a ela um pacote de sementes.
Logo depois, um enorme ônibus em forma de gato surgiu na estrada, com olhos brilhantes servindo de faróis. Totoro embarcou no Catbus e desapareceu na noite.
Os dias se passaram e, uma noite, as irmãs plantaram as sementes que Totoro havia dado. Elas desejaram com força que crescessem, e durante a madrugada viram Totoro e os pequenos Totoros dançando ao redor do local. As sementes cresceram rápido, formando uma árvore gigantesca. Totoro pegou as meninas e as levou em um voo mágico sobre a floresta.
“Estamos voando!” gritou Mei, rindo.
Mas nem tudo eram momentos felizes. Um dia, Satsuki recebeu uma notícia preocupante: sua mãe, que estava no hospital, não poderia voltar para casa como esperado. Mei ficou inconsolável.
“Eu quero ver a mamãe!” choramingou Mei.
Sem avisar, Mei saiu sozinha, decidida a caminhar até o hospital. Satsuki e os moradores da vila começaram a procurá-la desesperadamente.
Sem outra opção, Satsuki correu até a floresta e pediu ajuda a Totoro.
“Por favor, me ajude a encontrar minha irmã!” implorou.
Totoro abriu um enorme sorriso e, sem dizer nada, chamou o Catbus. O ônibus-gato apareceu rapidamente, e Satsuki embarcou. Em poucos minutos, encontraram Mei sentada perto de uma ponte, chorando.
“Mei!” gritou Satsuki, abraçando a irmã.
O Catbus as levou até o hospital, onde viram a mãe pela janela, sorrindo e conversando com o pai. Perceberam então que ela estava melhorando e que tudo ficaria bem.
Felizes, as irmãs voltaram para casa no Catbus, que desapareceu suavemente na floresta. A magia de Totoro sempre estaria por perto, protegendo-as.
FIM!