Em uma bela floresta repleta de árvores frondosas, riachos cristalinos e flores coloridas, vivia um pequeno coelho chamado Lilo. Ele era muito esperto e adorava correr pelos campos, explorar novos lugares e saborear as delícias que encontrava pelo caminho. No entanto, Lilo tinha um pequeno defeito: ele nunca agradecia pelas coisas boas que recebia.
Certa manhã ensolarada, Lilo saiu saltitando pela floresta quando sentiu um delicioso perfume no ar. Seguiu o cheiro e encontrou uma macieira carregada de frutas vermelhas e suculentas. Seus olhinhos brilharam de felicidade.
— Uau! Que sorte a minha! — exclamou ele, pegando uma maçã direto do galho e mordendo com vontade.
A macieira, que há tempos observava os animais da floresta, balançou suas folhas suavemente e disse:
— Sorte, Lilo? Eu cuidei dessas maçãs por meses! Elas cresceram com a luz do sol, a água da chuva e os nutrientes da terra. Será que um simples “obrigado” seria tão difícil de dizer?
O coelhinho franziu a testa, achando estranho uma árvore falar com ele, mas logo deu de ombros e continuou seu passeio.
Depois de um tempo, Lilo sentiu sede e encontrou um riacho borbulhante. Sem pensar duas vezes, abaixou-se e bebeu grandes goles de água fresca.
— Que delícia! Nada melhor do que um riacho para matar a sede! — disse, satisfeito.
O riacho, que fluía pacificamente pela floresta, respondeu com sua voz suave:
— Fico feliz em ajudar, Lilo. Todos os dias, levo água para plantas, animais e até para os humanos. Mas você não acha que um “obrigado” cairia bem?
O coelhinho novamente ficou sem graça, mas logo sacudiu as orelhas e seguiu seu caminho sem dizer nada.
À tarde, quando Lilo já estava cansado de tanto correr, nuvens escuras cobriram o céu e uma forte chuva começou a cair. O coelhinho correu desesperado e se escondeu debaixo de uma grande árvore. As gotas batiam nas folhas, mas ele estava seguro e seco.
— Ufa! Que sorte ter essa árvore aqui! — suspirou ele.
Dessa vez, antes que a árvore falasse, Lilo lembrou-se de tudo que acontecera naquele dia. Ele tinha comida, água e abrigo, mas nunca parava para agradecer. Olhou para cima e, pela primeira vez, sorriu com sinceridade.
— Sabe, árvore… Eu nunca tinha pensado nisso, mas vocês sempre me ajudam, e eu nunca agradeci. Muito, muito obrigado!
De repente, a chuva ficou mais leve, o vento soprou suavemente e as folhas da árvore balançaram como se sorrissem. O riacho brilhou mais, e a macieira, ao longe, soltou uma maçã que caiu suavemente na grama, como um presente especial.
Naquele dia, Lilo aprendeu uma lição valiosa. A partir de então, ele sempre agradecia por tudo o que recebia, desde a comida até o abrigo das árvores. E, para sua surpresa, percebeu que quanto mais ele agradecia, mais coisas boas aconteciam.
Moral da história: A gratidão nos faz enxergar as pequenas bênçãos do dia a dia. Quando agradecemos, espalhamos alegria e criamos um mundo mais bonito ao nosso redor.