O Pequeno Dragão e a Chama Especial

Em um reino distante, entre montanhas douradas e rios brilhantes, vivia um pequeno dragão chamado Faísca. Diferente dos outros dragões, Faísca não conseguia soltar grandes labaredas de fogo. Enquanto seus amigos lançavam chamas imensas, ele só conseguia soltar pequenas fagulhas que mal iluminavam a noite.

Faísca ficava triste, pois queria ser forte e poderoso como os outros dragões. Ele tentou de tudo: comeu pimentas ardidas, treinou diante de espelhos e até leu livros antigos sobre dragões lendários. Mas nada fazia seu fogo crescer.

Seus pais sempre diziam que ele era especial, mas Faísca não se sentia assim. Um dia, ele decidiu sair em uma jornada para encontrar uma solução. Voou até a floresta encantada, onde a coruja sábia morava.

— Coruja Sábia, como faço para ter um fogo tão grande quanto os outros dragões? — perguntou Faísca.

A coruja sorriu e respondeu:

— O que faz um dragão ser especial não é o tamanho de sua chama, mas como ele a usa. Confie em sua própria luz.

Faísca ficou pensativo, mas ainda não entendia completamente as palavras da coruja.

Pouco tempo depois, a aldeia ao pé da montanha entrou em desespero. Um forte vento apagou todas as tochas e lareiras, deixando os moradores no escuro e no frio. Os dragões grandes tentaram reacender as chamas, mas seu fogo era tão intenso que queimava tudo ao redor, assustando as pessoas e colocando as casas em risco.

Foi então que Faísca teve uma ideia. Com suas pequenas fagulhas, ele conseguiu reacender as velas e lareiras, sem causar nenhum dano. A aldeia ficou aquecida novamente, e todos aplaudiram seu feito.

Os outros dragões perceberam que não era o tamanho da chama que importava, mas sim a forma como era usada. Faísca aprendeu que cada um tem um talento especial e que, mesmo sendo diferente, ele era importante à sua maneira.

Desde aquele dia, Faísca nunca mais se sentiu inferior. Ele passou a ajudar a aldeia sempre que necessário e se tornou um herói querido por todos. Os outros dragões também passaram a valorizar suas próprias habilidades, entendendo que cada um tinha um papel único no mundo.

Moral da história: Ser diferente não é um problema, e cada um tem um talento especial que pode fazer a diferença no momento certo.

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