Era uma vez um coelhinho chamado Pip, que sempre olhava para o céu e sonhava em voar. Ele tentava de tudo: pulava das pedras mais altas, usava folhas como asas, mas sempre caía de volta ao chão. Pip morava em um campo florido, cercado por outros coelhinhos que não entendiam seu sonho. “Coelhos foram feitos para correr e saltar, não para voar!”, diziam eles. Mas Pip não desistia.
Um dia, ele encontrou uma velha coruja chamada Aurora, que já tinha visto muitos animais sonhadores ao longo dos anos. “Se quer voar, deve entender o que significa voar para você, pequenino”, disse ela. Pip refletiu e percebeu que, talvez, voar não significasse ter asas, mas sim encontrar um caminho para explorar o mundo. Inspirado, ele começou a correr mais rápido, saltando cada vez mais alto, e sentiu uma liberdade tão grande que parecia estar voando.
Ele passou os próximos dias testando maneiras diferentes de saltar. Em uma de suas tentativas, encontrou uma colina bem alta. Respirou fundo e pulou com toda a força. Por alguns segundos, sentiu o vento passando por suas orelhas e acreditou estar voando. Mas logo caiu de volta ao chão. Desanimado, Pip quase desistiu, mas Aurora lhe disse: “Não desista tão facilmente, coelhinho. Os pássaros também demoram para aprender a voar.”
Com essa nova motivação, Pip decidiu tentar de outra forma. Ele pediu ajuda a um grupo de passarinhos e explicou seu sonho. Eles ficaram animados e decidiram ensiná-lo a sentir o vento. Durante semanas, Pip aprendeu a reconhecer correntes de ar e como posicionar seu corpo para planar. Então, um dia, ao saltar de um morro, algo inacreditável aconteceu: ele conseguiu planar por alguns segundos antes de aterrissar suavemente. Os passarinhos aplaudiram e Aurora sorriu. “Voar não é apenas bater asas, é sentir a liberdade”, ela disse. E Pip entendeu que, de sua própria maneira, ele tinha aprendido a voar.
Para comemorar, seus amigos coelhos organizaram uma grande festa. Pip, feliz, contou sobre sua jornada e como havia aprendido que sonhar alto era importante. “Podemos alcançar o impossível se acreditarmos”, disse ele. A coruja Aurora, observando tudo de longe, sorriu, sabendo que havia ajudado outro pequeno sonhador a encontrar seu próprio caminho.
Fim!