O cavalo e o burro – histórias para dormir

Num tempo não tão distante, no coração de uma paisagem rural movimentada, viviam um cavalo e um burro. Seus dias eram preenchidos com o trabalho árduo, acompanhando seus respectivos condutores até a cidade próxima. Cada dia, eles carregavam cargas pesadas, mas suas experiências nesta jornada eram tão diferentes como a noite e o dia.

O cavalo, uma criatura magnífica, era calmo e gracioso. Sua carga, meras quatro arrobas, pareciam penas em suas costas fortes. Caminhava com uma sensação de facilidade e contentamento. O cavalo, parecia ter encontrado um equilíbrio entre sua força e o peso que carregava.

Por outro lado, o burro tinha uma história muito diferente para contar. Ele também estava sobrecarregado por uma carga, mas uma muito mais pesada – oito arrobas, para ser exato. O pobre burro caminhava, gemendo e sofrendo a cada passo. Como se o mundo tivesse conspirado para sobrecarregar essa humilde criatura além de seus limites.

Um dia, enquanto continuavam sua jornada compartilhada, o burro não conseguiu mais suportar o peso. Virou-se para o cavalo e, com um suspiro pesado, disse: “Eu não posso mais suportar essa carga. É simplesmente demais para as minhas costas cansadas. Talvez, meu caro amigo, devêssemos compartilhar o fardo igualmente, com seis arrobas para cada um. Dessa forma, podemos continuar nossa jornada juntos.”

O cavalo, ao ouvir essa proposta, parecia tomado por um acesso de riso. Relinchou e zombou alegremente: “Ingênuo e tolo, meu caro amigo! Por que eu carregaria seis arrobas quando posso prosseguir com minhas quatro com facilidade? Não sou o mais sábio aqui? Sua carga é seu problema, caro burro.”

A isso, o burro respondeu: “Sua ganância não tem limites. Mas considere isto, meu amigo, se eu cair sob o peso, você ficará encarregado de carregar não apenas suas quatro arrobas, mas também as minhas seis.”

O cavalo riu novamente, descartando o raciocínio do burro. Ele estava muito absorvido em seu próprio conforto para enxergar o mérito das palavras do burro.

No entanto, o destino tem uma maneira de ensinar lições mesmo aos mais obstinados. Alguns quilômetros adiante, o desastre aconteceu. O infeliz burro tropeçou em uma pedra, e o peso que ele carregava tornou-se insuportável. O pobre animal perdeu a vida naquele dia, incapaz de continuar a jornada.

Os condutores, que estavam seguindo atrás, ficaram cheios de frustração. Eles se depararam com o corpo sem vida de seu fiel burro e com oito arrobas de carga que precisavam chegar à cidade.

Sem hesitação, transferiram todo o peso – oito arrobas – para o cavalo. À medida que faziam isso, o cavalo lutava com a carga imensa. Em suas tentativas fúteis de se libertar, foi chicoteado impiedosamente pelos condutores.

Enquanto o cavalo carregava o peso de sua própria carga, além das oito arrobas do burro, o papagaio que havia observado toda a cena interveio. O papagaio, que tinha acompanhado toda essa história de egoísmo e tolice, exclamou: “Bem feito, cavalo tolo! Você deveria ter sido mais esperto que o burro e entendido que o verdadeiro egoísmo estava em ajudar o burro com a carga excessiva, não em seu próprio conforto. Agora, você tem um fardo duplicado para carregar.”

moral do O cavalo e o burro

Essa fábula atemporal serve como um lembrete comovente de que o altruísmo e a empatia muitas vezes geram recompensas maiores do que o egoísmo. A recusa do cavalo em compartilhar o fardo resultou em uma carga mais pesada e em sofrimento tanto para ele quanto para o burro. Ao ajudar os outros nos momentos de necessidade, não apenas aliviamos o sofrimento deles, mas também criamos um mundo em que o fardo de todos se torna um pouco mais leve. O burro sábio entendeu o valor da responsabilidade compartilhada, enquanto o cavalo egoísta aprendeu uma lição dura tarde demais. A moral é clara: o verdadeiro egoísmo está em ajudar os outros quando eles mais precisam.

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