No coração de uma cidade escondida entre montanhas, existia uma estação muito especial. Não havia placas indicando sua existência, e seus trilhos pareciam desaparecer no nada. Era a Estação dos Trens Invisíveis.
Poucos sabiam dela, mas aqueles que acreditavam podiam enxergar o que os olhos comuns não viam. Entre esses poucos estava Lucas, um menino curioso de dez anos que sempre ouvia histórias sobre a estação misteriosa. Diziam que os trens invisíveis levavam passageiros para lugares incríveis: mundos de sonhos, terras de aventuras e até reinos encantados.
Certo dia, decidido a descobrir a verdade, Lucas seguiu um velho mapa desenhado por seu avô. Ele atravessou bosques e riachos até encontrar uma pequena construção de madeira com um relógio parado às 12h12. O coração do menino disparou. A estação existia!
Lucas subiu na plataforma e esperou. Minutos depois, sentiu o vento balançar seus cabelos e ouviu um apito distante. O chão tremeu levemente e, de repente, uma porta invisível se abriu diante dele. Sem hesitar, ele entrou.
Dentro do trem, tudo era mágico. As poltronas flutuavam suavemente, as janelas mostravam paisagens de estrelas cadentes e arco-íris brilhantes. Um senhor de barba longa e olhos brilhantes sorriu para Lucas.
— Bem-vindo ao Trem dos Sonhos! Para onde deseja ir? — perguntou ele.
Lucas pensou por um momento e respondeu:
— Quero conhecer um lugar onde a imaginação nunca acaba!
O maquinista girou uma alavanca dourada, e o trem acelerou em meio a um céu de algodão-doce. Lucas viu ilhas flutuantes, cidades feitas de livros e florestas onde os animais contavam histórias. Cada destino era mais maravilhoso que o outro.
Depois de muitas aventuras, o trem voltou à estação. Lucas desceu, ainda maravilhado. Ele sabia que nem todos acreditariam em sua viagem, mas isso não importava. O mais importante era que agora ele sabia: a imaginação é o maior de todos os trens invisíveis, sempre pronto para nos levar aonde quisermos.
Desde então, todas as noites, antes de dormir, Lucas fechava os olhos e embarcava novamente no trem invisível, viajando por mundos que só ele podia ver.
FIM!
