A Branca de Neve e os Sete Anões

Era uma vez, em um reino distante, um rei bondoso, uma rainha amorosa e a preciosa filha deles, a Princesa Branca de Neve. Branca de Neve tinha uma pele pura como a neve, lábios vermelhos como cerejas e cabelos negros como a noite.

A tragédia ocorreu quando a rainha adoeceu gravemente e faleceu, deixando o rei desolado. Em busca de companhia, o rei se casou novamente. Mal sabia ele que sua nova esposa era uma feiticeira malvada, consumida pela inveja e vaidade. Ela possuía um espelho mágico que questionava diariamente:

“Espelho, espelho meu, quem é a mais bela de todas?”

O espelho sempre respondia: “Você, minha rainha, é a mais encantadora.”

Conforme Branca de Neve crescia, sua beleza, doçura e encanto floresciam. Todos a adoravam, exceto a rainha, que temia que Branca de Neve a superasse em beleza.

Após a morte do rei, a rainha forçou Branca de Neve a vestir andrajos e trabalhar incansavelmente, limpando e arrumando todo o castelo. Apesar das dificuldades, Branca de Neve permanecia gentil, educada e amada por todos.

Um dia, como era seu hábito, a rainha questionou o espelho:

“Espelho, espelho meu, quem é a mais bela de todas?”

Para desgosto da rainha, o espelho respondeu: “Branca de Neve é agora a mais bela de todas.”

Enfurecida, a rainha decidiu eliminar Branca de Neve. Ela convocou seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração em uma caixa. No dia seguinte, ele levou Branca de Neve para a floresta, mas não conseguiu se obrigar a prejudicá-la.

“Princesa”, confessou ele, “a rainha ordenou sua morte, mas não consigo fazê-lo. Eu a vi crescer e fui leal ao seu pai.”

“Por que a rainha deseja minha morte?” Branca de Neve se perguntou.

“Não sei, mas desta vez não seguirei as ordens dela. Fuja e nunca mais retorne, pois ela pode matá-la!”

Branca de Neve fugiu pela floresta, assustada e chorosa, sem ter para onde ir. O caçador, na tentativa de salvá-la, apresentou à rainha o coração de uma gazela, fazendo-a acreditar que Branca de Neve estava morta.

A noite caiu, e Branca de Neve vagou até encontrar uma pequena cabana desarrumada. Tudo ali era pequeno, sugerindo que crianças viviam lá. Branca de Neve limpou e arrumou a cabana, incluindo sete camas minúsculas no andar de cima. Esgotada, ela adormeceu em uma das camas.

Os donos da cabana, sete anões, ficaram pasmos ao encontrar uma bela jovem em sua casa. Branca de Neve contou-lhes sua história, e eles rapidamente se apegaram a ela, convidando-a para ficar.

O tempo passou, e um dia a rainha descobriu que Branca de Neve estava viva. Furiosa, ela preparou uma maçã envenenada e se disfarçou de uma velha.

“Uma mordida nesta maçã fará Branca de Neve dormir eternamente”, declarou.

No dia seguinte, os anões saíram para o trabalho, deixando Branca de Neve vulnerável. A rainha malvada chegou disfarçada de velha e ofereceu uma maçã a Branca de Neve, que gentilmente aceitou.

Ao morder a maçã, Branca de Neve desmaiou. Os anões, alertados pelos animais da floresta, retornaram apressadamente, mas a rainha fugiu e encontrou seu fim em uma queda traiçoeira.

Os anões encontraram Branca de Neve aparentemente adormecida, colocaram-na em um caixão de cristal em um claro na floresta e ficaram de vigília, esperando que ela acordasse.

Um dia, um príncipe de um reino vizinho chegou ao claro e se apaixonou instantaneamente por Branca de Neve. Ele implorou aos anões que o deixassem levar a princesa para seu castelo, prometendo cuidar dela.

Os anões concordaram, mas, ao moverem o caixão, ele tombou, desalojando o pedaço de maçã preso na garganta de Branca de Neve. O feitiço se quebrou, e ela acordou.

Ao ver o príncipe, eles se apaixonaram. Branca de Neve se despediu dos anões e partiu para uma nova vida com o príncipe em um castelo distante, onde se casaram e viveram felizes para sempre.

Branca de Neve

Moral de Branca de Neve e os Sete Anões

A moral desta história é que a bondade, a gentileza e a beleza interior triunfam sobre a maldade, a inveja e as aparências superficiais. A bondade inabalável de Branca de Neve e o amor que ela inspirou à sua volta a protegeram do mal e a conduziram para um final feliz. Em contrapartida, a vaidade e a crueldade da rainha a levaram à sua ruína. Esta história nos ensina a importância das qualidades interiores e as consequências de intenções e ações prejudiciais.

Leave a Comment