Léo era um pequeno caracol que vivia no jardim de uma casa silenciosa. Diferente dos outros caracóis, que passavam os dias deslizando devagar entre as folhas, ele sonhava em conhecer o mundo além do gramado. Mas como poderia viajar, sendo tão pequeno e tão lento?
Certa noite, enquanto observava a lua refletida em uma gota de orvalho, Léo suspirou:
— Ah, se eu pudesse ver lugares mágicos, flutuar entre estrelas e descobrir segredos do mundo…
Foi então que uma luz suave brilhou ao seu lado. Era Luna, uma joaninha cintilante. Ela sacudiu as asas e sorriu:
— Eu ouvi seu desejo, Léo. Você já tentou viajar nos sonhos?
O caracol piscou os olhinhos curiosos.
— Sonhos? Como faço isso?
— Simples! Feche os olhos, imagine um lugar incrível e deixe sua mente te levar! — disse Luna, com um brilho encantado em suas asas.
Léo seguiu o conselho. Ele fechou os olhos e, de repente, sentiu seu casco ficar leve como uma pena. Quando abriu novamente, não estava mais no jardim.
Agora, ele flutuava sobre um oceano de nuvens cor-de-rosa! O vento era suave como algodão, e peixes brilhantes nadavam pelo céu. Léo riu de felicidade.
— Estou sonhando! — exclamou.
No horizonte, ele viu uma ponte dourada que levava a uma cidade feita de doces. As casas eram de biscoito, as ruas de caramelo e fontes de chocolate jorravam em cada praça.
— Que lugar incrível!
Ele deslizou até uma lojinha de balas e encontrou um gato de chapéu listrado, que vendia algodão-doce flutuante.
— Seja bem-vindo ao Mundo dos Sonhos! Aqui, tudo o que imaginar pode se tornar real! — disse o gato, piscando.
Léo não acreditava no que via. De repente, lembrou-se de Luna.
— Será que eu poderia voar?
O gato riu e entregou-lhe um par de asas de papel brilhante.
— Aqui, experimente!
Com um friozinho na barriga, Léo bateu as asas e… voou! Voou alto, girando entre estrelas cadentes e cometas coloridos. Nunca em sua vida havia sentido tanta liberdade.
Depois de muitas aventuras, Léo pousou em um campo onde nuvens eram feitas de pipoca. Lá, uma coruja sábia o esperava.
— Os sonhos são mágicos, mas sempre chega a hora de acordar. Mas não se preocupe… pode voltar todas as noites!
Antes que pudesse responder, Léo sentiu um sopro suave e…
Plim!
Acordou em seu jardim, com a primeira luz do sol tocando seu casco.
— Foi tão real… — sussurrou, sorrindo.
Na folha ao seu lado, Luna piscou:
— E então? Gostou da sua viagem?
Léo riu. Ele não precisava ser rápido para explorar o mundo. Agora sabia que, toda noite, poderia viajar para onde quisesse… bastava sonhar.
E assim, o pequeno caracol viveu suas maiores aventuras — não com pressa, mas com imaginação.
🌙✨ FIM ✨🌙