Joca era um menino esperto e muito criativo. Ele morava com a mãe e a avó em uma casinha simples no alto da colina. Não tinham muito dinheiro, mas Joca nunca deixava que isso o entristecesse. Enquanto outras crianças da vila brincavam com carrinhos modernos, bonecas que falavam e jogos coloridos, ele inventava seus próprios brinquedos usando papel, tesoura e cola.
Desde pequeno, Joca aprendera com a avó a dobrar papéis para fazer barquinhos e aviões. Mas ele queria mais! Então, começou a criar animais, castelos, super-heróis e até pequenos robôs. Seus brinquedos podiam não ser caros, mas tinham algo muito especial: cada um era único e cheio de imaginação.
Um dia, na escola, os colegas zombaram dele: — Olha lá o Joca, brincando com papel! Isso nem é brinquedo de verdade! — disse Fred, o garoto mais rico da turma.
Joca sentiu um aperto no peito, mas respirou fundo. Ele sabia que seus brinquedos eram especiais. No recreio, enquanto os outros jogavam bola, ele pegou algumas folhas coloridas e começou a dobrá-las. Em poucos minutos, havia feito um dragão com asas gigantes e olhos assustadores. O desenho dos detalhes, feito com caneta, deixou a criatura ainda mais impressionante.
Ana, uma das meninas da turma, se aproximou curiosa: — Nossa, Joca! Como você fez isso?
Ele sorriu e explicou: — É só dobrar assim e assim, depois dar um toque final com a caneta.
Logo, várias crianças estavam ao seu redor, admiradas. Algumas pediram para ele ensinar. Joca passou a tarde ajudando os amigos a criarem brinquedos de papel. O que antes era motivo de piada virou diversão para todos.
Certa manhã, a professora anunciou que haveria uma feira de talentos na escola. Cada aluno deveria mostrar algo especial que sabia fazer. Joca ficou pensativo. Será que seus brinquedos de papel poderiam impressionar?
Quando chegou o grande dia, as apresentações começaram. Teve dança, mágica, pintura e até uma apresentação musical. Quando chegou a vez de Joca, ele abriu sua pequena caixa e revelou uma cidade inteira feita de papel: havia casinhas, pontes, carros e até um parque de diversões com roda-gigante que girava de verdade!
A plateia ficou em silêncio por um instante e, então, todos começaram a aplaudir. O diretor da escola se levantou e disse: — Joca, sua criatividade é incrível! Isso mostra que para se divertir e aprender não é preciso ter brinquedos caros, mas sim imaginação.
Fred, o menino que antes zombava de Joca, abaixou a cabeça envergonhado e depois se aproximou: — Joca… me ensina a fazer um desses?
Joca sorriu e respondeu: — Claro! Vamos fazer um robô juntos!
A partir daquele dia, Joca não foi mais visto como o menino que brincava com papel, mas sim como o garoto mais criativo da escola. Seus brinquedos ensinaram a todos que o valor de algo não está no preço, mas sim no carinho e na criatividade colocados nele.
E assim, Joca continuou inventando, sonhando e mostrando ao mundo que, com imaginação, tudo é possível!
FIM!