Era uma vez, em uma grande floresta, um pequeno passarinho chamado Azul. Diferente dos outros pássaros de sua idade, Azul adorava passar horas observando o céu, sonhando com o dia em que teria coragem de voar além das árvores altas e descobrir o que havia além do horizonte.
Os outros pássaros riam dele. Diziam que era tolice sonhar com o desconhecido quando tinham tudo o que precisavam na floresta. Mas Azul sentia que seu destino ia além daquele lugar.
Certo dia, uma forte tempestade atingiu a floresta, e os ventos derrubaram galhos e ninhos. Azul, que se abrigava em um galho alto, foi levado pelo vento para longe de casa. Quando a tempestade passou, ele percebeu que estava sozinho em um lugar desconhecido.
O medo tomou conta dele. Mas então, lembrou-se de seu sonho: explorar novos lugares. Em vez de se lamentar, ele decidiu transformar aquele desafio em uma aventura.
Azul começou sua jornada pela floresta desconhecida. Ele encontrou um grupo de corujas que o ensinaram a voar com mais precisão. Depois, conheceu um beija-flor que lhe mostrou como coletar néctar das flores. Cada novo amigo que encontrava lhe ensinava algo valioso.
Porém, o desafio maior veio quando teve que atravessar um grande rio. Ele não sabia se tinha forças para voar tão longe sem descanso. O medo quase o fez desistir, mas então lembrou-se das palavras do velho sábio corvo que conhecera pelo caminho:
“O medo só é grande quando você se esquece de sua força. Confie nas asas que a vida lhe deu.”
Com essa lembrança, Azul respirou fundo, abriu suas asas e voou. Foi difícil, mas ele conseguiu! Ao chegar do outro lado, percebeu que era mais forte e capaz do que jamais imaginara.
Depois de muitas aventuras, Azul encontrou um novo lar, uma bela floresta cheia de pássaros amigáveis. Mas agora ele era diferente: não era mais o passarinho que sonhava em voar. Ele era um pássaro que tinha aprendido a acreditar em si mesmo e enfrentar seus medos.
A lição que Azul aprendeu e que todas as crianças podem levar para suas vidas é que, às vezes, o medo pode parecer grande, mas quando acreditamos em nós mesmos e enfrentamos desafios com coragem, descobrimos que somos mais fortes do que pensamos.
E assim, Azul não era mais um pássaro solitário. Ele era um viajante do céu, pronto para novas aventuras.
FIM!