A Semente de Estrela

Numa noite silenciosa, enquanto todos dormiam, Clara observava o céu pela janela do seu quarto. Adorava contar as estrelas e imaginar que cada uma era um pequeno sonho brilhando na escuridão. Mas, naquela noite, algo diferente aconteceu.

Uma luz cintilante riscou o céu e caiu suavemente no jardim. Curiosa, a menina desceu correndo as escadas e encontrou, entre as folhas úmidas, uma pequena semente dourada que pulsava como um coração.

— O que será isso? — ela sussurrou, encantada.

Com cuidado, Clara cavou um buraquinho na terra e plantou a semente. Depois, regou com um pouco de água e ficou observando, esperando algo acontecer. Mas nada mudou.

— Talvez precise de tempo — pensou, bocejando. Então, foi dormir, sonhando com árvores brilhantes e jardins encantados.

Na manhã seguinte, ao abrir a janela, Clara ficou boquiaberta. No lugar onde havia plantado a semente, brotava um caule fino e reluzente. Suas folhas eram prateadas e tremeluziam como estrelas no céu. A menina correu até o jardim, fascinada.

— Você é mesmo uma árvore de estrela! — exclamou, deslizando os dedos pelas folhas cintilantes.

Dia após dia, a árvore crescia, espalhando sua luz dourada pelo quintal. À noite, iluminava tudo ao redor, como um farol mágico. Os vizinhos começaram a notar aquele brilho especial e vinham de longe para ver o fenômeno.

Com o tempo, pequenos frutos começaram a surgir nos galhos. Eram redondos, brilhantes e pareciam guardar pequenos sóis em seu interior. Curiosa, Clara colheu um e, ao tocá-lo, sentiu um calor suave. Quando o abriu, um pó dourado subiu ao céu e formou uma nova estrela lá no alto.

— Então era isso! — sorriu Clara. — Minha árvore nasceu do céu e agora devolve estrelas para ele.

A menina cuidou da árvore com amor, sabendo que sua missão era espalhar luz. As estrelas que surgiam no céu passaram a iluminar caminhos, aquecer corações e realizar desejos.

E assim, a pequena árvore luminosa nunca parou de brilhar, pois sempre havia alguém precisando de uma nova estrela para guiar seus sonhos.

Fim.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *